Trajetória Profissional e Criação do Método
Olá! Meu nome é Ayla Moura. Sou fisioterapeuta e quero lhe apresentar o PFCR3M, um Programa Fisioterapêutico de Condicionamento e Revitalização que se caracteriza por três etapas: terapia manual (Manipular), exercício (Movimentar) e mudança de hábitos (Mudar). Esse método foi desenvolvido a partir de uma trajetória profissional de mais de 20 anos e tem como objetivo contribuir com pessoas que buscam investir na melhor saúde possível, independente de sua condição atual.
Tudo começou quando em 1996 fiz um curso de massoterapia e estética. Fiquei impressionada com a influência benéfica que o toque terapêutico tem sobre os nossos corpos e quando comecei a atender estava muito entusiasmada com a possibilidade de trabalhar ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Boa parte de meus clientes me procuravam com alguma finalidade estética, mas eu estava cada vez mais interessada em entender o que estava por trás de situações que me eram apresentadas em forma de má circulação, sobrepeso, obesidade, envelhecimento precoce, entre outros.
Quanto mais eu buscava compreender o que estava causando esses sintomas, a fim de oferecer uma abordagem mais integral nas propostas terapêuticas, mais percebia que tinha muito que estudar. Foi então que decidi me dedicar com todo empenho à busca do conhecimento da medicina natural. Sabia que estava iniciando uma jornada que seria para a vida toda e que esse caminho, embora prazeroso, não seria fácil.
Passei a sonhar em entrar para a faculdade, mas enquanto isso não era possível, buscava extrair o máximo de aprendizado dos livros, colocando-os em prática na medida do possível em meus atendimentos.
Nessa ocasião, meu filho mais velho, era adolescente e os dois mais novos eram pequenos. Quando o mais velho começou a trabalhar em um shopping local, eu e os mais novos o levávamos ao trabalho nos finais de semana e, enquanto aguardávamos o término do expediente, nosso lugar preferido era em uma grande livraria. Lá nós passávamos a tarde e entrávamos noite adentro. Os livros que adquiri nessa fase me ajudaram bastante e ainda hoje me servem de iluminação para algum atendimento.
Finalmente em 2006 realizei o sonho de entrar para a faculdade e iniciei o curso de Fisioterapia. Foi um desafio e tanto e não teria conseguido sem a ajuda dos meus filhos.
Meu filho mais velho se desdobrava para ajudar nas necessidades de seus irmãos. Por outro lado, enquanto eu tinha que estar ocupada com as tarefas domésticas, os dois mais novos se revezavam na leitura em voz alta dos resumos no livro de Fisiologia para me ajudar na fixação do conteúdo da faculdade.
O dia da minha formatura foi uma grande vitória para todos nós.
Em seguida, iniciei uma pós-graduação em Fisioterapia Dermatofuncional, pois tinha aspectos do início da minha carreira com estética lá atrás, que precisavam ser revistos sob um novo olhar. Ao concluir essa pós eu estava pronta para alçar novos voos, embora não soubesse exatamente aonde iria pousar...
Terminei a pós-graduação no ano de 2012 e enquanto fazia planos para o futuro, recebi uma ligação de uma colega que é enfermeira. Não tínhamos contato havia muito tempo, mas ela me disse que estavam precisando de fisioterapeuta no hospital em que trabalhava e que inexplicavelmente ela só se lembrava de mim. Trabalhar em hospital não fazia parte dos meus planos, mas, acho que em um lapso de segundos, me lembrei da época do estágio na faculdade. Foi naquela ocasião que tive o primeiro contato com pessoas gravemente enfermas e meu coração foi movido de compaixão por elas. Com essa lembrança na mente, resolvi que iria à entrevista. A proposta foi para um período de dois meses de treinamento e os pacientes eram, na maioria das vezes, gravíssimos. Foi um período muito duro para mim. Chorei muitas vezes ao presenciar tão de perto o sofrimento das pessoas. Também pensei em desistir várias vezes, mas me perguntava como eu poderia ajudá-las mesmo ali. Ao mesmo tempo, sabia que poderia aprender muito com elas a fim de atuar fora do hospital na promoção da saúde e, assim, contribuir de alguma forma para a diminuição do sofrimento humano. Então, tomei a decisão de permanecer no hospital, sendo contratada após o período de treinamento.
No meu íntimo, assumi comigo mesma o compromisso de que independente da condição que o paciente viesse às minhas mãos, não olvidaria esforços em pensar seu tratamento da forma mais integral possível.
Certa ocasião, o médico responsável pela UTI mandou me chamar para fazer uma drenagem linfática na face de uma paciente grave. Seu rosto estava tomado por linfedema. Pensando em uma abordagem integral, envolvendo a conduta fisioterapêutica e estética, fiz a drenagem pela manhã e no período da tarde, seu rosto havia desinchado. Claro que ela estava sob a ação de vários medicamentos e não tenho como afirmar o quanto meu atendimento tenha contribuído para sua melhora. Mas o resultado de uma abordagem integral era perceptível a toda a equipe clínica.
Depois de pouco mais de um ano nesse hospital, entendi que era necessário dar um passo a mais. Precisava conhecer melhor como cuidar daquelas pessoas e para isso era necessário estar dentro do hospital em período integral.
Fiz o concurso para Residência em Fisioterapia Hospitalar e então o Hospital de Base do Distrito Federal praticamente passou a ser a minha casa. Eu passava 12 horas do dia lá. Acho que foi um dos tempos mais difíceis da minha vida. Mas posso afirmar com certeza, que foi uma das fases de maior aprendizado também e devo a esse tempo grande parte da profissional que sou hoje.
Concluí o Programa de Residência com muitas limitações, mas me alegro grandemente porque no quesito atendimento ao paciente minhas notas alcançaram sempre a maior pontuação. Isso foi em 2016 e de lá para cá, fiz vários cursos de formação em Terapia Manual, além de Estabilização Clínico Funcional e Pilates.
Atualmente, estou concluindo o primeiro de cinco anos na formação de Osteopatia e também pós- graduando em Ortomolecular.
O Método PFCR3M: Manipular, Movimentar e Mudar
Em meus atendimentos com a massoterapia clínica, percebia áreas bloqueadas sob minhas mãos, e, após a manipulação, os músculos estavam mais bem posicionados em suas articulações e assim, com maior capacidade para gerar trabalho.
Com vistas à manutenção das vantagens da manipulação surge a segunda etapa do programa, movimentar, que consiste em avaliação cinesiológica e elaboração de conduta terapêutica através de exercícios personalizados aos pacientes, bem como prescrição e treinamento de exercícios domiciliares.
A terceira fase do programa se constitui uma das mais desafiadoras, trata-se de mudança de hábito que possa interferir negativamente na aquisição de uma saúde plena. Geralmente, nessa etapa é necessária a participação de equipe multiprofissional, composta por médico nutrólogo, psicólogo, nutricionista, entre outros.
É com grande satisfação que apresento o PFCR3M, um programa fisioterapêutico que visa uma abordagem integral e que poderá contribuir muito para uma vida mais saudável e plena.